Psicanálise: é pra mim?

Esta é, talvez, a questão com que mais frequentemente nos deparamos. Não exatamente com essas palavras ou com esse formato, mas com esse sentido. Afinal, para começarmos, muitas vezes não se tem nem mesmo clara a posição da psicanálise no âmbito das psicoterapias, pois não são poucas as intenções de se mitigar o sofrimento humano disponíveis na nossa sociedade. Fica a dica deste vídeo que montamos exatamente para distinguir basicamente algumas abordagens: psiquiatria, psicologia e psicanálise.

As questões perpassam por “isto é normal?”, “como se cura isso?”, “qual o meu diagnóstico?”, “você está me analisando agora?”, entre outras que evidenciam o quanto as questões mais íntimas costumam se acomodar no discurso médico: se há um sofrimento, deve haver uma cura – ou o que o valha – algo como um doença/remédio. É o momento de dizer que, de fato, não andamos nesse mesmo caminho porque não há como dissociar o sofrimento psíquico do próprio ser do sujeito, pois não estamos falando de um osso partido, uma lesão física ou uma infecção. Trata-se da dinâmica de satisfação incorporada no modo de ver e ser visto, falar e ouvir, pensar, sentir, lembrar e sonhar.

O método é sutil e às vezes demorado, sempre trabalhoso, porque há um respeito ao tempo e ao ritmo de cada um. Mas a surpresa do final de um tratamento é de uma beleza singular que se repete nos relatos de despedidas e encerramento de tratamento.

“Sou outra pessoa!” | “Todos deveriam passar por isto!” | “Posso te indicar para fulano ou sicrano?”

É neste ponto que nos ocorrem algumas breves indicações de leitura que podem dar uma ideia mais próxima do que estamos falando:

Gabriel Rolón, psicanalista e artista argentino, com sua escrita fluída nos brinda, entre outros títulos, com “Histórias de Divã”, em que conta seus casos de forma bastante interessante.

– As organizadoras Monah Winograd e Maria Virgínia F. Cremasco com seu “O que pode a psicanálise” abrem a discussão para campos onde a psicanálise faz a sua contribuição para bem além da clínica, em um contexto social e institucional.

Para concluir esta reflexão, cremos que a questão será respondida a partir do desejo – mais do que necessidade – de mudar algo básico em sua vida. Algo que há tempos ocorre, insiste, persiste e que se torna inconciliável com o que quero para minha vida. Algo com que fui leniente, disfarçadamente conivente, mas que se revela agora limitante, ou que me define inadequadamente.

Talvez seja este o momento de pensar em um processo de análise.

glaucopsicanalise
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Um comentário

  1. Vitor Mattar França Junior

    Oi Glauco!!
    Muito bom ler e ver quanto isso é verdadeiro e um processo de autoconhecimento necessário.
    Muito obrigado por ter me ajudado.
    Forre abraço
    Vitor

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